segunda-feira, 8 de junho de 2015

Elevar o AMOR

Os budistas são bem explícitos quando afirmam que o amor deve excluir o apego, pois quem
ama quer ver o outro feliz em vez de controlá-lo ou mantê-lo preso para sua própria satisfação e tranquilidade, mantendo o outro numa espécie de redoma, impedido de viver a sua própria vida.

Segundo a monja Palsang Kelsang, do Centro Budista Mahabodhi, em São Paulo, o amor nasce da observação dos aspectos positivos da outra pessoa. Do contrário, acontece o oposto do amor, a raiva, sentimento prejudicial ao equilíbrio.

Os budistas afirmam que tudo depende do fluxo da mente. Gerar o amor, então, passa a ser uma opção de quem procura ser feliz fazendo o outro feliz.

“Quando desenvolvemos o amor, nos tornamos mais positivos, tolerantes e atenciosos e, aos poucos, percebemos que os outros nos retribuem com sua bondade” revela a monja.

O budismo não aceita a opção de amar como sacrifício. Se fosse assim, fazer o outro feliz seria motivo de infelicidade, já que nessa dinâmica pode existir sentimentos e acções de cobrança. Mas tudo depende da compaixão, generosidade e do bom coração de cada um.

Palsang sugere que para elevar o amor por todos os seres vivos, o ideal é meditar sobre os valores universais. Afastando o sentimento de aversão ao outro, como o preconceito, por exemplo, também ajuda focar o amor. Mas o mais importante, de acordo com ela, é não ter sentimento de posse. Nunca.

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